A utilização massiva de dispositivos eletrónicos por parte de jovens até aos 12 anos de idade pode potenciar o aparecimento de problemas visuais, como:
Pseudo Miopia - miopia provocada por excesso de acomodação. Miopia fisiológica - aumento da miopia adaptativa do olho. Anomalias binoculares – problemas relacionados com a utilização plena dos dois olhos em simultâneo. Fotofobia – aumento da sensibilidade à luminosidade. Stresse de Cones – stresse das células da mácula por excessiva fixação. Astigmatismo – aparecimento de astigmatismos de baixo valor. Tremores palpebrais – tremores involuntários das pálpebras. Olho seco – secura do segmento anterior do olho por excessiva exposição. Irritação ocular – olhos avermelhados (hiperémicos). Cefaleias – vários tipos de cefaleias tem como origem a excessiva utilização da visão de perto. Ao efetuar a avaliação visual do jovem e detetando um problema, o optometrista tem ao seu dispor não só meios de compensação e correção óptica como: Óculos, Lentes de contacto e Terapia visual Mas também pode aconselhar e corrigir alguns hábitos como: Controlo da iluminação – ficar exposto a um ambiente de trabalho excessivamente iluminado é tão prejudicial como olhar para a luz solar através duma janela. Quando estiver a usar um computador será ideal usar a luz ambiente a cerca de 50% e colocar o ecrã numa posição em que a luz natural se apresente lateralmente. Redução do brilho – o brilho produzido por superfícies planas e pelo ecrã do computador pode provocar bastante fadiga ocular. A intensidade de luz do ecrã deve ser minimizada. Substituição de monitores antigos por novos LCD e LED – os novos monitores provocam menos fadiga até porque já vêm equipados com sistemas anti-reflexos e com melhor definição de imagem. Ajustes do monitor – os novos monitores permitem ajustes vários em termos de tamanho, definição, contraste e cor. Fazer os ajustes de modo personalizado, procurando que que o fundo do ecrã tenha um determinado equilíbrio e ajustar o tamanho das letras que tenha em conta a distância de trabalho. Pestanejar com mais frequência – pestanejar é um bom remédio para a fadiga ocular, cada vez que pestanejamos, para além de renovar o filme lacrimal na superfície ocular faz com que as células da retina recuperem do esforço continuo de visão. Pausas – ficar longos períodos diante de um computador, como disse anteriormente é altamente nefasto para a visão. É, portanto, fundamental fazer pausas de ½ em ½ hora. Estas pausas são importantes para relaxar a visão como, relaxar a cervical, movimentar todo o corpo. O local de trabalho – o computador utilizado pela criança deve estar colocado numa mesa ergonómica para que a postura corporal seja a mais correta possível, o ecrã de verá estar colocado ligeiramente abaixo da linha de visão primária. Óculos apropriados – para além de uma correção adequada para a distancia de trabalho é fundamental utilizar lentes com tratamentos de superfície indicados para usar com computador existem inclusivamente determinados tipos de coloração mais adequados ao uso diante de ecrãs. Limpeza – é fundamental a limpeza de teclados e rato do computador uma vez que são propícios a acumulação de microrganismos vários, o contacto consequente das mãos com os olhos por parte das crianças pode levar ao surgimento de algumas infeções oculares. Revisões periódicas – crianças que usam muitas horas diante de um computador devem fazer exames visuais pelo menos 1 vez cada ano. Conclusão, a utilização de novas tecnologias não representam por si só um perigo para a visão das crianças. Desde que haja um controlo por parte dos pais em relação às condições de higiene visual e tempo de uso destas tecnologias. Henrique Nascimento, MSC. Investigação Clínica em Optometria Prof. Especialista de Optometria |