O MEU FIEL AMIGO - OS ÓCULOS DE SOL

O MEU FIEL AMIGO - OS ÓCULOS DE SOL

12
OUT
2022

Artigo Optocentro, escrito por Rui Motty, publicado na revista CTT, edição nº16 de Julho-Agosto-Setembro 2022.

A estação do verão está na sua reta final. Em retrospetiva, este verão veio em força e a sua pujança impeliu-nos para a rua, numa espécie de exercício de autocompensação, tendo em consideração o "longo inverno" que tivemos. Muito mais longo do que o habitual para uma estação do ano.

Será absolutamente desnecessário recorrer a uma lupa para descobrirmos as dificuldades dos últimos dois anos. Foram tantas restrições, muitas máscaras e outros medos, um verdadeiro convite ao isolamento. Contraditório com os princípios da natureza humana. Convém recordar que os atributos da vida ao ar livre, só por si, são essenciais para o equilíbrio da saúde mental, mas também para a visão. Abandonar os espaços fechados e aumentar o dinamismo multifoco dos nossos olhos, acarreta inúmeros benefícios para as funções visuais. A postura estática do trabalho de secretária exige maior fixação, contribuindo para o aumento da tensão no sistema muscular dos olhos e da secura induzida pelo número insuficiente de pestanejos. A solicitação em peso dos músculos externos, responsáveis pelos movimentos oculares e, dos internos, responsáveis pela acomodação, são uma razão para o cansaço ocular e uma janela para o aumento de problemas de binocularidade e de refração. É lícito afirmar que, deveríamos todos beneficiar de mais tempo de vida ao ar livre para a obtenção de maior saúde mental e visual. Olhar para o horizonte, aciona mecanismos de relaxamento no sistema ocular, reduzindo os perigos da fadiga visual, responsável pelos baixos níveis de concentração e atenção.

As sociedades modernas debatem-se com a necessidade de harmonizar a vida profissional e pessoal. É um tema atual e essencial para a felicidade nas organizações, o aumento de desempenho e da produtividade e a felicidade. Hoje, as consciências e condutas coletivas tendem a ser mais sustentáveis. A mudança de comportamentos está a fazer com que as escolhas sejam mais saudáveis. A alimentação é um exemplo evidente. Se o exercício físico começou por ter o principal foco o corpo, e o seu culto, a sua difusão, revela a preocupação generalizada com a prevenção da saúde. Obviamente que o paradigma da saúde diz igualmente respeito aos olhos e à saúde visual. Os atrativos da vida ao ar livre também acarretam alguns condicionamentos e, estes, devem ser recordados. Se a luz solar é uma fonte de vida, a exposição excessiva aos raios ultravioletas poderá conduzir a graves problemas de saúde na pele e nos olhos. Se a pele tem uma relevante função no processamento da vitamina D, a retina, através dos seus neurotransmissores, é preponderante no estímulo da produção da serotonina, a hormona da felicidade. 

O verão é um convite ao "dolce farniente" e à procura das atividades ao ar livre. Prevalecem as escolhas de territórios junto ao litoral. As praias, são ambientes altamente refletores, através do branco das areias e do efeito espelho da água. Isto faz com que o número de raios que incidem diretamente nos olhos, vindos de múltiplas direções, aumentem a exposição às radiações ultravioleta. Os dias são mais longos, a mobilidade e o maior número de deslocações, obrigam a um tempo de condução automóvel superior ao habitual. Procuram-se as esplanadas e passeios a pé, numa espécie de indulto aos males do inverno. Naturalmente que os óculos de sol são uma companhia imprescindível, segura e confortável. Há muito que deixaram de ser catalogados como acessórios de moda. Hoje, integram um conjunto de soluções essenciais para a prevenção da saúde visual. Nos idos anos 60 e 70, chamavam-se às lentes escuras de lentes medicinais. Entre muitas razões, por serem construídas com superfícies paralelas, sem aberrações e terem um filtro protetor. As características filtrantes das lentes solares diminuem o deslumbramento provocado pelo excesso de luminosidade, protegendo a qualidade visual. Na condução, diminuem os riscos da fadiga visual. Os raios ultravioletas não são percetíveis pelo olho humano e apresentam um grau de perigosidade elevada para o cristalino e para a retina. A importância do uso dos óculos de sol deverá ser difundida, sem que hajam limitações de idade. A aquisição de um par de óculos não é subsidiada, quer por parte do Estado, quer por parte dos subsistemas de saúde. Uma regra injusta que parece desvalorizar a importância deste equipamento.

Para os emetropes (todos aqueles que não precisam de graduação), a escolha é livre. O modelo dos óculos e a cor das lentes tem a ver com a escolha individual. Para os utilizadores de óculos graduados, é fundamental uma prescrição passada por um especialista. Tendo em conta que as fábricas produzem uma diversidade de lentes com um leque de características técnicas diversificadas, a oferta passa pelas lentes unifocais ou progressivas, cores únicas, degradês, fotocromáticas, espelhadas, entre outras soluções.

A aquisição de uns óculos de sol deve merecer a maior atenção do consumidor. O mercado paralelo dos produtos contrafeitos é aliciante, mas perigoso para a saúde visual. A construção destas lentes não está sujeita às normas internacionais, são produzidas com inúmeras aberrações e distorcem a visão como uma graduação errada. Não possuem as propriedades filtrantes dos UV e, portanto, com o seu uso persistem os riscos do desenvolvimento precoce de algumas doenças oculares. É recomendável que a compra de uns óculos de sol seja feita em estabelecimentos credenciados. A grande maioria das lojas de ótica está habilitada para garantir os cuidados necessários para a saúde visual. Porque o sol em Portugal não acaba com o verão, aproveite-o, procure a vida ao ar livre, na praia ou no campo, mas sempre com o seu fiel amigo, os óculos de qualidade certificada. Adquira-os num estabelecimento de ótica credenciado. Acima de tudo, use o tempo para encontrar um caminho para a felicidade.
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